Vaca



A performance Vaca surgiu da necessidade de explorar questões entre sociedade de consumo e gênero feminino, em uma espécie de zoo-performance. O prato principal na refeição da maioria dos brasileiros, a carne de vaca, aqui, conecta-se a carne da mulher performadora, que se coloca para ser consumida, tendo o corpo como material composicional e utilizando o vídeo como suporte de interação, em um hibridismo entre as linguagens artísticas. Trata-se de uma performance que questiona a opressão sofrida pelas mulheres nas relações sociais atuais, centradas em referenciais estéticos, além de colocar em pauta a questão do machismo sofrido pelo gênero feminino em nossa sociedade. Vaca foi apresentada nos seguintes festivais: Festival de Performance De Belo Horizonte - MG (2011), Festival Ruínas Circulares – Noites Performáticas – Uberlândia – MG (2011), Festival Ponto CE – Fortaleza (2011), Mostra de Performance Intenções – Itapipoca – CE (2013), Mostra Cenas Curtas – Teatro Antonieta Noronha – Fortaleza – CE (2013).

foto: Fernanda Leal







Dia Internacional da Luta da Não Violência Contra a Mulher - 25 de novembro de 2010



No dia 25 de novembro, é comemorado o Dia Internacional da Luta da Não Violência Contra a Mulher. Neste dia, mulheres de todo o mundo se encontram para discutir questões relacionadas ao gênero feminino, história e cultura, bem como políticas públicas.

Em 2010, mulheres da Marcha Mundial da Mulher de Belo Horizonte, procuraram parcerias com mulheres artistas da cidade, para ocupações urbanas. A partir do convite, aproximadamente 10 artistas foram para as ruas de Belo Horizonte neste dia, com roupas confeccionadas com recortes de jornais, que mostravam as manchetes sobre violência contra a mulher.

Nesta proposta, resolvi me vestir com imagens e manchetes vinculadas a pornografia, buscando tensionar a questão da violência também para este tipo de exposição, tão difundida e divulgada pela mídia e vista com banalidade no cotidiano. Com esta roupagem, acrescentei a coleira de cachorro e o colar elisabetano, oferecendo-me aos transeuntes para um passeio pelas ruas da cidade. Desta forma, me colocava na posição de mulher-cachorra, mulher-objeto, tentando, através da intervenção urbana, promover rupturas e reflexões sobre esta imagem da mulher.

Fotos: Fernando Costa







Performafunk - 2010



Pesquisa artística contemplada pelo Prêmio Funarte de Artes Cênicas de Rua (2009), sob concepção de Christina Fornacciari.
Performance colaborativa envolvendo 05 artistas com diferentes formações (cênica, plástica, dança, audiovisual), na construção de ações, a serem realizadas em conjunto, no espaço público urbano, a partir de ressonâncias com o funk carioca.
A performance foi realizada nas cidades de Belo Horizonte, Ouro Preto e Mariana, em Minas Gerais, 2010.

Fotos: João Castilho


Gripe Suína - 2009



Diante da onda de notícias globais que assolou o país em 2009, referente a uma nova gripe, a Gripe Suína, a performance se deu no entrelaçamento entre os suportes da arte e da moda, em ressonância ao acontecimento que tomou conta das mais variadas mídias. Com uma vestimenta confeccionada com máscaras descartáveis, a performer se instalou na entrada do Teatro Galpão, em Belo Horizonte, no I Festival de Performance de BH, oferecendo as máscaras que compunham a sua vestimenta ao público do local. Nesse movimento de vestir/ proteger o público com a sua própria vestimenta, a performer se des-vestia, transformando a sua vestimenta conforme o fluxo de pessoas que passavam pelo local, desnudando-se.

Foto: Philippe Lobo

Coletivo em obras - 2009



Em obras surgiu da necessidade de experimentar a dança nas paisagens urbanas. Durante 01 ano, o coletivo se reuniu quinzenalmente em praças públicas de Belo Horizonte, para o exercício da improvisação e composição nesses espaços.

Fotos: Alexandre Sequeira




Corpolixopaisagem - 2009



A partir das interfaces entre arte e moda, a performance se configura no espaço público urbano, no desenvolvimento de uma anti-arte e anti-moda. O vestuário, confeccionado com sacolas e sacos plásticos, com corte moderno e aparência asséptica, vai sendo transformado de acordo com os lixos encontrados nas ruas da cidade e aderidos ao corpo, que passa a considerar o seu peso. Durante aproximadamente 04 horas, o corpo procura por lixos para compor paisagens, no espaço público urbano.
Performance apresentada na II Manifestação Internacional de Performance (MIP2).

Fotos: Philippe Lobo





Rótulos - 2008/2009

Partindo da idéia de que a qualificação das coisas e das pessoas são, hoje em dia, cada vez mais atribuídas em um nível superficial através de uma retórica marqueteira, a performance Rótulos se utiliza da própria lógica da propaganda para construir um discurso estético-crítico permeado por palavra, som, imagem e movimento. Elementos da mídia como propagandas e reallity shows são apropriados, na construção das cenas que envolvem o espetáculo e o espectador, sobrepostos uns aos outros, através de dispositivos das novas mídias. Performance contemplada no I Prêmio Quik de Estímulo às Artes (Nova Lima – MG – 2008) e no I Festival de Performance de Belo Horizonte (2009).

Performance - Marcelle Louzada e Philippe Lobo


Zona de Interferência - 2007/2008

Zona de Interferência foi um coletivo criado por artistas com diferentes formações (cênica, plástica, dança, música), tendo como principal motivação a investigação do corpo e as suas possibilidades de ocupação no espaço.

Pelas interfaces entre as linguagens artísticas, o coletivo utilizou a performance como dispositivo de atuação, apresentando-se em espaços fechados (teatros, galpões) e espaços públicos urbanos.

De 2007 a 2009, o coletivo apresentou suas pesquisas nas cidades de Belo Horizonte (2007), Ouro Preto (2008) e Uberlândia (2008), em Minas Gerais, e na cidade de Salvador (2008), Bahia, no Congresso Internacional Corpocidade: debates sobre estética urbana.




De quem é meu espaço? Zona de Interferência - Belo Horizonte, MG - 2007
Fotos: Luíza Viana