QUARTA DIMENSÃO


 bruno gomes + jonnata doll + marcelle louzada + patrick mesquita


Quarta Dimensão é um agrupamento de artistas com diferentes formações, cujo referencial investigativo se dá nas interfaces entre as linguagens artísticas. Composto pela artista visual Marcelle Louzada, o instrumentista Patrick Mesquita, o bailarino Bruno Gomes e o cantor/compositor Jonnata Doll, o grupo transita entre imagem, som, movimento e palavra, na construção de performances que ultrapassam os limites institucionais de arte, rompendo com estéticas convencionais e tomando diferentes espaços como lugares de cena. Galpões, salas de teatro, casa em demolição e rua foram ocupados e transformados através da estética da Quarta Dimensão, aonde o estranho e misterioso se fizeram presentes, utilizando a improvisação como dispositivo de criação e interação entre público e artista. O grupo realizou performances/intervenções no SESC Iracema – Fortaleza – CE (2014), na exposição Ensaios para Demolição – Fortaleza – CE (2014) e no Terça se Dança – Artelaria – Fortaleza – CE (2014).

fotos: Beto Skeff











  o amor vai nos despedaçar

 “O amor vai nos despedaçar” traça um percurso poético pelas vias urbanas através da incorporação de cartas de amor em um ato performático. A partir da solicitação de cartas de amor, o público é participante ativo e relacional, na construção de um acervo afetivo em que os “eus” se misturam e se dissolvem, gerando uma convulsão de gestos, sons, imagens e palavras. Nas ruas, calçadas, praças, filas de espera, o público-transeunte é convidado a mergulhar no espaço íntimo de um desconhecido, tornando-se cúmplice do discurso amoroso, coabitando o lugar do outro e, ao mesmo tempo, encontrando pontos de identificação na experiência do amor. “O amor vai nos despedaçar” é o título da música mais emblemática de Ian Curtis, da banda post punk Joy Division, servindo de inspiração ao acontecimento.



 

Infravermelho






Infravermelho busca tensionar as noções de tempo-espaço em uma proposta estética de ocupação das ruas da cidade. A partir da apropriação conceitual da troca de energia térmica pelos raios eletromagnéticos, a artista experimenta o espaço urbano em uma caminhada cega, na tentativa de outras conexões com o público-transeunte. Este é que irá lhe apresentar a cidade. Com uma cesta contendo maçãs do amor, o diálogo entre artista e público vai se afirmando pelas vias do sensível o público dá visão a artista que o presenteia com maçãs do amor.

fotos: Paulo Winz



Vaca



A performance Vaca surgiu da necessidade de explorar questões entre sociedade de consumo e gênero feminino, em uma espécie de zoo-performance. O prato principal na refeição da maioria dos brasileiros, a carne de vaca, aqui, conecta-se a carne da mulher performadora, que se coloca para ser consumida, tendo o corpo como material composicional e utilizando o vídeo como suporte de interação, em um hibridismo entre as linguagens artísticas. Trata-se de uma performance que questiona a opressão sofrida pelas mulheres nas relações sociais atuais, centradas em referenciais estéticos, além de colocar em pauta a questão do machismo sofrido pelo gênero feminino em nossa sociedade. Vaca foi apresentada nos seguintes festivais: Festival de Performance De Belo Horizonte - MG (2011), Festival Ruínas Circulares – Noites Performáticas – Uberlândia – MG (2011), Festival Ponto CE – Fortaleza (2011), Mostra de Performance Intenções – Itapipoca – CE (2013), Mostra Cenas Curtas – Teatro Antonieta Noronha – Fortaleza – CE (2013).

foto: Fernanda Leal







Dia Internacional da Luta da Não Violência Contra a Mulher - 25 de novembro de 2010



No dia 25 de novembro, é comemorado o Dia Internacional da Luta da Não Violência Contra a Mulher. Neste dia, mulheres de todo o mundo se encontram para discutir questões relacionadas ao gênero feminino, história e cultura, bem como políticas públicas.

Em 2010, mulheres da Marcha Mundial da Mulher de Belo Horizonte, procuraram parcerias com mulheres artistas da cidade, para ocupações urbanas. A partir do convite, aproximadamente 10 artistas foram para as ruas de Belo Horizonte neste dia, com roupas confeccionadas com recortes de jornais, que mostravam as manchetes sobre violência contra a mulher.

Nesta proposta, resolvi me vestir com imagens e manchetes vinculadas a pornografia, buscando tensionar a questão da violência também para este tipo de exposição, tão difundida e divulgada pela mídia e vista com banalidade no cotidiano. Com esta roupagem, acrescentei a coleira de cachorro e o colar elisabetano, oferecendo-me aos transeuntes para um passeio pelas ruas da cidade. Desta forma, me colocava na posição de mulher-cachorra, mulher-objeto, tentando, através da intervenção urbana, promover rupturas e reflexões sobre esta imagem da mulher.

Fotos: Fernando Costa







Performafunk - 2010



Pesquisa artística contemplada pelo Prêmio Funarte de Artes Cênicas de Rua (2009), sob concepção de Christina Fornacciari.
Performance colaborativa envolvendo 05 artistas com diferentes formações (cênica, plástica, dança, audiovisual), na construção de ações, a serem realizadas em conjunto, no espaço público urbano, a partir de ressonâncias com o funk carioca.
A performance foi realizada nas cidades de Belo Horizonte, Ouro Preto e Mariana, em Minas Gerais, 2010.

Fotos: João Castilho


Gripe Suína - 2009



Diante da onda de notícias globais que assolou o país em 2009, referente a uma nova gripe, a Gripe Suína, a performance se deu no entrelaçamento entre os suportes da arte e da moda, em ressonância ao acontecimento que tomou conta das mais variadas mídias. Com uma vestimenta confeccionada com máscaras descartáveis, a performer se instalou na entrada do Teatro Galpão, em Belo Horizonte, no I Festival de Performance de BH, oferecendo as máscaras que compunham a sua vestimenta ao público do local. Nesse movimento de vestir/ proteger o público com a sua própria vestimenta, a performer se des-vestia, transformando a sua vestimenta conforme o fluxo de pessoas que passavam pelo local, desnudando-se.

Foto: Philippe Lobo

Coletivo em obras - 2009



Em obras surgiu da necessidade de experimentar a dança nas paisagens urbanas. Durante 01 ano, o coletivo se reuniu quinzenalmente em praças públicas de Belo Horizonte, para o exercício da improvisação e composição nesses espaços.

Fotos: Alexandre Sequeira